quarta-feira, 13 de junho de 2012

A cabra e o asno


Uma cabra e um asno comiam ao mesmo tempo no estábulo. A cabra começou a invejar o asno porque acreditava que ele estava melhor alimentado, e lhe disse:
- Tua vida é um tormento inacabável. Finge um ataque e deixa-te cair num fosso para que te deem umas férias.
Aceitou o asno o conselho, e deixando-se cair, machucou todo o corpo.
Vendo-o, o amo chamou o veterinário e pediu um remédio para o pobre. Prescreveu o curandeiro que o asno necessitava de uma infusão com o pulmão de uma cabra, pois era muito eficiente para devolver o vigor. Para isso então degolaram a cabra e assim curaram o asno.
Moral da Estória: Em todo plano de maldade, a vítima principal sempre é seu próprio criador.

domingo, 10 de junho de 2012

A ÁGUIA E A TARTARUGA



Uma tartaruga pediu a uma águia que a ensinasse a voar. Por mais que a águia lhe dissesse que ela não foi feita para isso, a tartaruga não desistia. A águia, então, pegou-a entre as garras e, voando bem alto, soltou-a das alturas. A tartaruga terminou se espatifando nos rochedos.

Moral : É assim que termina o insensato quando quer ser melhor do que os outros.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Continuar

A tempestade vem longe, negra, horripilamente; mas ainda não é hora de abandonar o barco. O mar treme, as ondas aumentam, raios cortam o céu; mas ainda não é hora de desespero. Espere a tempestade chegar. O motor começa a falhar, as luzes começam a piscar; mas ainda não é hora de chorar. A tripulação enlouquece, o casco racha; mas ainda não é hora de pular. Os passageiros se matam, o barco afunda; mas não pode se afogar. Procure um pedaço de madeira, espere, beba água dá chuva; será difícil, mas ainda não é hora de morrer. Nade até a ilha mais próxima. Descanse, ore, agradeça o ar, o sol e a chuva; nunca é hora de praguejar. Faça um sinal com pedras, um sinal de fumaça, um sinal telepático; ainda não é hora de se ocultar. Construa uma jangada, um barco, um dirigível; ou construa uma casa, uma varanda, habite a ilha. Talvez alguém tenha sobrevivido com você; erga seu país, sua civilização.

terça-feira, 19 de julho de 2011

As sementes de Deus


Um rapaz entrou numa loja e viu um senhor no balcão.

Maravilhado com a beleza do lugar, perguntou-lhe:

- Senhor, o que se vende aqui?

- Todos os dons de Deus.

- E custam muito? - voltou a perguntar.

-Não custam nada. Aqui tudo é de graça.

Contemplou a loja e viu que havia jarros de amor, vidros de fé, pacotes de esperança, caixinhas de salvação, muita sabedoria, fardos de perdão, pacotes grandes de paz e muitos outros dons de Deus.

Tomou coragem e pediu:

- Por favor, quero o maior jarro de amor de Deus, todos os fardos de perdão e um vidro grande de fé, prá mim e prá toda minha familia.

Então, o senhor preparou tudo e entregou-lhe um pequeno embrulho que cabia na palma da sua mão.

Incrédulo ele disse:

- Mas como pode estar aqui tudo que pedi?

Sorrindo o senhor lhe respondeu:

- MEU QUERIDO IRMÃO, NA LOJA DE DEUS NÃO VENDEMOS FRUTOS, SÓ SEMENTES.
PLANTE-AS !!!

sábado, 28 de maio de 2011

O cirurgião que encontrou Jesus no coração de uma criança

O cirurgião que encontrou Jesus no coração de uma criança.

-Amanhã de manhã eu vou abrir o teu coração. Explicava o cirurgião para uma criança.

E a criança o interrompeu:

-Você encontrará Jesus ali?

O cirurgião olhou para ela, e continuou:

-Eu vou cortar uma parede do teu coração para ver o dano completo.

-Mas quando você abrir o meu coração, encontrará Jesus lá? A criança voltou a interrompê-lo.

O cirurgião se voltou para os pais, que estavam sentados em silêncio.

-Quando eu tiver visto todo o dano causado, planejaremos o que fazer em seguida, ainda com teu coração aberto.

-Mas você encontrará Jesus em meu coração? A Bíblia diz claramente que Ele mora ali. Todos que acreditam Nele dizem que Ele vive ali...

Então você vai encontrá-lo no meu coração!

O cirurgião pensou que era suficiente e lhe explicou:

-Após a operação, te direi o que encontrei em teu coração, de acordo?

Eu tenho certeza que encontrarei músculo cardíaco danificado, baixa resposta de glóbulos vermelhos, e fraqueza nas paredes e vasos. E, além disso, eu vou concluir se posso te ajudar ou não.


-Mas você encontrará Jesus ali também? É sua casa, Ele vive ali, sempre está comigo.

O cirurgião não tolerou mais os comentários insistentes e se foi. Em seguida, ele se sentou em seu consultório e começou a gravar seus estudos prévios para a cirurgia: aorta danificada, veia pulmonar deteriorada, degeneração muscular cardíaca massiva. Sem possibilidades de transplante, dificilmente curável.

Terapia: analgésicos e repouso absoluto.

Prognóstico: fez uma pausa e em tom triste disse:

-Morte nos primeiros anos de vida.

Então, parou o gravador.

Mas tenho algo a mais a dizer:

-Por quê? Perguntou em voz alta.


Por que acontecer isso com ela? O Senhor a colocou aqui, nessa dor e já a havia condenado a uma morte precoce. Por quê?

De repente, Deus, nosso Criador respondeu:

O menino, minha ovelha já não pertencerá a teu rebanho, porque ele é parte de mim e comigo estará por toda a eternidade. Aqui no céu, em meu rebanho sagrado, já não terá nenhuma dor, será consolado de uma forma inimaginável para ti ou para qualquer outra pessoa. Seus pais, um dia, se unirão com ele, conhecerão a paz e a harmonia juntos em meu reino e meu rebanho sagrado continuará crescendo.

O cirurgião começou a chorar muito, mas sentiu ainda mais raiva, não entendia as razões. E replicou:

-Tu criastes este menino, e também seu coração para quê? Para que morresse em poucos meses?

O Senhor lhe respondeu:


-Porque é tempo de regressar ao seu rebanho, sua missão na terra já se cumpriu. Há alguns anos atrás enviei uma ovelha minha com dom de médico para que ajudasse a seus irmãos, mas com tantos conhecimentos na ciência se esqueceu de seu Criador.

Então enviei outra de minhas ovelhas, o menino enfermo, não para perdê-lo, e sim para que a ovelha perdida há tanto tempo, com dotes de médico volte para mim.

Então o cirurgião chorou e chorou inconsolavelmente.

Dias depois, após a cirurgia, o médico sentou-se ao lado da cama do menino, enquanto seus pais estavam a frente do médico.

O menino acordou e murmurando rapidamente perguntou:

-Abriu meu coração?

-Sim. Disse o cirurgião.

-O que encontrou? Perguntou o menino.


Tinha razão, reencontrei Jesus ali.

Deus tem muitas maneiras diferentes para que você volte para o seu lado.

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http://choses-dans-la-vie.blogspot.com/2011/05/o-cirurgiao-que-encontrou-jesus-no.html

sábado, 30 de abril de 2011

A serpente e o vagalume

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Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume. Este, fugia rápido, com medo da feroz predadora, e a serpente nem pensava em desistir. Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada…
No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse a serpente:
- Posso lhe fazer três perguntas?
- Não costumo abrir esse precedente a ninguém, mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar…
- Pertenço a sua cadeia alimentar?
- Não.
- Eu te fiz algum mal?
- Não
- Então, por que você quer acabar comigo?

- Porque não suporto ver você brilhar

Pense nisso e selecione as pessoas em quem confiar.”

tavinhonikollas

domingo, 27 de março de 2011

Baú das lembranças

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Desci ao baú das lembranças, onde nada jazia em vão; onde as recordações esperavam pelo momento em que deixariam de ser passado para voltar a ser presente e, quem sabe, alterar o meu futuro mais uma vez. Tantas coisas, tantos dos meus guardados… Sonhos empoeirados e pedacinhos amarelados de um tempo bem vivido. Resquícios dos momentos onde eu era o que eu queria ser, eu via o que eu queria ver, eu ia onde eu queria ir; tudo sem pressa de viver, mas com o bonito sonho de crescer.

Meus livros estavam ali, com suas figuras coloridas e suas mensagens infantilizadas. Lembranças das histórias contadas pela minha avó depois que se escondia o sol e chegava o sono. Histórias contadas na cama, no quarto de infância, onde aquele mesmo baú, anos e anos antes, era peça de decoração. De coração.

Recortes de revistas, reportagens que falavam de meus heróis e minhas heroínas; aqueles mesmos heróis que tantas vezes me salvaram e as heroínas que deveras fui… Eu fui! Por um breve instante tive até a impressão de que esses heróis haviam deixado suas glórias para viver em minha vida. Eles viveram! Príncipes e princesas que das páginas saltavam para fazer parte de um pouco daquele pouco que era meu tudo. Vida nobre, nobreza de vintém.

Antigos discos de vinil com músicas que embalaram os meus sonhos de infância e aqueceram o meu coração de menina; músicas que me fizeram dançar menina e, naquele momento, me faziam recordar mulher, e dançar menina de novo, como se ainda tocassem na minha vitrolinha vermelha… Como se o coração desse pulinhos. Que magia era essa?!

O antigo joguinho de chá, com a xícara de asa quebrada; a boneca de pano com olhos de botão e cabelos de lã; o álbum de figurinhas, que eu nunca consegui completar; minha coleção de papéis de cartas para as cartas que eu não escrevi; o desenho que fiz no colégio e ninguém elogiou. Eu nunca soube desenhar, mas sonhava como ninguém e era nesses sonhos que aquilo que me encantava ganhava formas coloridas! Fotografias amareladas de um tempo que jamais desbotaria! Tudo ali, me fazia lembrar do que um dia eu fui sem deixar de ser, portanto ainda era…

Filha de ninguém, eu era mais que passarinho ali naquele baú de coisas só minhas; e mesmo que o sol raiasse, ali sempre seria momento de sonhar, de voltar a sonhar e de passarinho voar longe. O espaço do baú era bem mais amplo que nos tempos de crianças: cabiam todos os sonhos, todos os desejos, mesmo aqueles maiores e mais trabalhosos; aqueles planos que muitas vezes tracei sem saber por onde começar. Sonhos que acendiam a luz das estrelas mais distantes, planos que faziam com que eu me contorcesse de rir.  Estavam todos ali comigo. Ainda estavam ali comigo.

Nada no mundo poderia ser maior que aquele antigo baú de madeira envelhecida… Nada poderia armazenar tanto de uma realidade fantasiosa e dar vida à fantasia real de uma menina desengonçada e atrevida, que fazia birra, que batia o pé a cada idéia que transformava em vontade. No baú eu cabia inteira! Eu mergulhava no meu próprio passado e voltava refeita pra traçar meu futuro sabendo que, se fosse preciso, poderia voltar ao passado. Meu baú sempre estaria ali; sempre lembrado naquele canto esquecido onde o encanto de um passado que não passou esperava por mim. Ele sempre estaria ali! Cheio de lembranças vivas e repleto de mim.

(Brabara Nonato)